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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Estúdios da Pixar unem trabalho sério e muita informalidade

Nos arredores de São Francisco, nos Estados Unidos, fica o complexo da Pixar, estúdio que domina a categoria de animação no Oscar há alguns anos. Alguns dos realizadores falam sobre a produção da trilogia de Toy Story, a série que colocou a animação digital no mapa.
“Fazemos tudo neste complexo. Tudo é projetado, modelado, construído, filmado, como qualquer outro filme, só que, aqui, é virtualmente. Usamos as mesmas ferramentas, mas no computador. Então, arrumamos a locação, recebemos os atores, eles atuam”, diz a produtora Darla K. Anderson.

“No cinema físico, se quiser filmar um mercado, vá atrás do lugar e filme nele. No nosso mundo, temos que projetar esse mercado”, compara o diretor Lee Unkrich. “Temos que projetar todos os produtos que estão à venda, modelá-los e criá-los para colocar no filme."
Bobby Podesta, chefe dos animadores, conta que os profissionais são usados de acordo com sua sensibilidade, como se fossem atores. Cada um é aproveitado de acordo com seu talento.
“Tivemos muitas emoções, é muito pessoal para nós. Há oito anos, ninguém sabia se Toy Story daria certo ou que daria início a um segmento. A Pixar não existiria sem o filme. Quando começamos, devia haver umas 50 pessoas. Agora, tem 1,2 mil, no mínimo”, relembra Darla.
Vida de Inseto foi feito aqui. E Steve Jobs supervisionou o planejamento e a construção. Steve projetou para fazer as pessoas se encontrarem. Ele sempre achou que as melhores reuniões são as que acontecem espontaneamente nos corredores”, explica Lee Unkrich, para quem a Pixar é a mistura perfeita do pensamento de Hollywood com a postura do Vale do Silício.
No local, é possível ver os personagens das animações, botões ocultos que abrem portas para passagens secretas, autógrafos de famosos nas paredes, mesas de sinuca, balcões de balas e doces. “Fazer esses filmes é muito difícil, mas nós também nos divertimos”, diz Darla.
Lee Unkrich fala sobre o trabalho de pesquisa e criação que desenvolvem nos estúdios. “Acreditamos muito em pesquisa. Claro que usamos computadores para fazer os filmes, mas também fazemos muitos desenhos tradicionais, à mão.” Para ele, ver Toy Story 3 concorrer ao Oscar de melhor filme com outras fitas de ação real parece adequado: “Sentimos que sempre fizemos filmes”, orgulha-se.

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