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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

General aposentado exalta sucesso do Stuxnet, diz jornal israelense

Vídeo em cerimônia de despedida mencionou o caso.
País é suspeito de ter criado o vírus, mas nega envolvimento.

Vírus teria danificado centrífugas nas usinas de
Bushehr e Natanz, no Irã
Um vídeo na cerimônia de despedida do general israelense Gabi Ashkenazi exaltava duas ações que nas quais o envolvimento do seu país foi polêmico: a criação do vírus Stuxnet, que danificou centrífugas em usinas nucleares no Irã, e um ataque aéreo em uma usina nuclear da Síria. As informações são do jornal “Haaretz”, o mais antigo de Israel.
Logo após a cena do vídeo que falava do vírus, participou da cerimônia o militar Meir Dagan, ex-diretor do serviço secreto de Israel, o Mossad.
Segundo fontes consultadas pelo jornal “New York Times”, o Stuxnet foi desenvolvido em uma operação conjunta dos Estados Unidos com Israel. Israel teria realizado testes com o vírus na usina nuclear de Dimona para garantir que ele teria o efeito desejado. Israel e EUA não confirmaram a informação. O jornal observou o “incontrolável sorriso” das fontes oficiais ao falarem dos resultados do Stuxnet.
O vídeo, embora possa ser apenas um histórico de acontecimentos durante a carreira do general, pode ser também admitido como um envolvimento do país no ocorrido.
Especialistas sugerem que o programa nuclear iraniano teria sido atrasado por pelo menos cinco anos devido ao vírus. Russos que colaboram com a manutenção das usinas temem um novo episódio como o de Chernobyl caso o Irã não realize novos testes nas usinas danificadas pelo vírus.
Já o ataque aéreo ocorrido em 2007 foi confirmado pela primeira vez indiretamente, quando um político de oposição disse ter apoiado a iniciativa. Jornais israelenses foram proibidos de comentar o caso até que o “Haaretz” fizesse pressão para acabar com a censura.

 

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